quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Valorização e Desvalorização Imobiliária

O imóvel pode ser encarado como um investimento (expectativa de ganho ou segurança financeira) ou com um bem de utilidade, que é o próprio uso da habitação, efetivamente morar na casa.

Não é possível mensurar (do ponto de vista de investimento financeiro) o valor do uso de um imóvel como moradia, pois este valor depende da preferência pessoal de cada um, o seu gosto por morar em casa própria ou alugada, o tamanho de residência, localização, estilo e acabamento que a pessoa acha adequado para si, etc.

Por outro lado, o aspecto de mercado do imóvel é uma decisão fundamental de investimento. É preciso ainda entendimento sobre os aspectos legais, financiamentos e por fim uma avaliação da perspectiva de valorização do mesmo.

A valorização do imóvel ocorre quando ele apresenta vantagens cada vez maiores na medida que o tempo passa, o que pode acontecer por exemplo por crescimento de uma cidade, mudança no poder aquisitivo nesta cidade, reurbanização daquele bairro, etc. Estes mesmos fatores podem também ser a causa de desvalorização do imóvel, como crescimento de favela próxima, deterioração do poder aquisitivo, etc. Assim, valorização / desvalorização é um fenômeno devido a mudanças nas preferências do mercado em relação a um determinado imóvel.

O que geralmente as pessoas chamam de valorização do imóvel é no entanto subida de preços dos mesmos, a subida de preços de ações e imóveis é na maioria das vezes atrelada aos primeiros estágios de inflação de preços, por serem (juntamente com commodities e o mercado de dívidas) alguns dos principais focos de atuação dos bancos. Isto é, o aumento dos preços dos imóveis não é efetivamente valorização mas reflexo da inflação monetária recente.

Pelo fato de a subida dos preços dos imóveis ocorrer em avançado em relação aos preços diretos ao consumidor, é frequentemente percebido como rendimento acima da inflação de preços. Mas é rendimento inferior à inflação monetária real. Há ainda o rendimento mensal de aluguel que pode ser obtida, mas é rendimento dependente de se conseguir inquilino e que este inquilino honre o contrato e pague os valores devidos nas datas devidas. Por outro lado, é preciso ainda considerar outros custos que diminuem a rentabilidade do investimento, como impostos, manutenção, taxas de manutenção dos serviços, taxas escriturais, o que normalmente fazem o investimento em imóvel ter rendimento negativo.

Do ponto de vista de segurança, costuma ser dos investimentos mais seguros, exatamente por exigir processos complexos de transferência (negociação, venda, documentação, etc.) e por ter relativamente grande inércia, também relacionado à baixa liquidez do investimento.

Mas, não se pode dizer que o risco de perder dinheiro seja pequeno. Da mesma maneira que as ações, nas primeiras fases de expansão monetária costuma ter rendimento bastante positivo, mas nas necessárias fases de recomposição financeira do Governo, que geram deflação econômica, os imóveis usualmente perdem valor. Como no caso de ações, quando os investidores e população em geral se vê em dificuldades para manter seus gastos e fazem fortes restrições de investimento e consumo, a preferência das pessoas e empresas por imóveis cai bastante. A pressão por aluguéis baratos aumenta, reduzindo inclusive esta forma de remuneração dos imóveis. A venda torna-se também difícil e usualmente acontece a preços baixos.

Fonte: Zo Imóvel

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