Os bancos voltaram a reduzir o financiamento à economia. Foram menos 222 milhões de euros em termos homólogos, ou seja, menos 5,26%. A contribuir para esta evolução estão sobretudo as famílias, que têm visto o acesso ao crédito cada vez mais difícil.
No total, a banca emprestou 3,99 mil milhões de euros em Fevereiro às empresas e às famílias, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal. Deste total, 3,46 mil milhões foram emprestados às empresas, enquanto 531 milhões ficaram nas mãos dos particulares.
O financiamento às famílias volta assim a atingir um novo mínimo histórico, numa altura em que os bancos continuam a restringir o acesso ao crédito devido à actual conjuntura. Por um lado, o desemprego em níveis nunca vistos (15%) e as perspectivas não são animadoras, já que se prevê que volte a aumentar.
A contribuir para o agravar da situação está a recessão económica, que se está a intensificar. Além disso, a própria banca tem tido dificuldades em aceder ao crédito.
E, as directrizes deixadas na última avaliação feita do programa de ajustamento português aponta para que a actual situação sofra algumas alterações. É que a troika vai proibir os bancos de refinanciarem empréstimos que estão com alguns problemas. Famílias ou empresas que não estejam a conseguir abater parte do crédito não poderão ser refinanciadas, o que acontecia actualmente e que permitia por um lado dar algum balão a quem precisa de crédito e, por outro lado, reduzia as perdas que os bancos têm de assumir com estas operações.
O objectivo da troika é o de libertar verbas para empresas e famílias com finanças saudáveis e que estão a ter dificuldades em aceder a financiamento.
Pedro Santos
92 637 0353
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