Perspectivas 2011. Enfrentamos tempos difíceis. O país procura enfrentar as dificuldades com austeridade e contenção e os negócios e os cidadãos ressentem-se deste cenário. O que fazer? Lamentar a conjuntura e todos os factores e agentes que a potenciaram ou recentrar, reorganizar e recomeçar? Eu opto pelo segundo caminho, aquele a que chamo pragmatismo.
Não vale a pena lamentos que nada mudam nem protestes inconsequentes é preciso olhar de frente para as situações e encontrar soluções à altura.
Esta é a nossa postura RE/MAX e a forma como queremos dar a volta ao estigma da crise que inibe mentes e projectos.
Prefiro ser optimista e estudar a História: sempre houve crises e dificuldades que geraram novos paradigmas, novos mercados, novas formas de fazer as coisas, e as sociedades reergueram-se.
O mercado imobiliário vai ressentir-se desta conjuntura como se tem ressentido nos últimos anos.
A décadas de crescimento, sucedem-se décadas de abrandamento a que se sucederão, a seu tempo, novos crescimentos. Significa isto que neste momento não há mercado? Que não há potencial de desenvolvimento do negócio, de crescimento? Todo o contrário.
O mercado existe e o potencial para crescer é enorme. Vejamos: cerca de 40% das transacções imobiliárias em Portugal ainda são directas ou seja, entre proprietários. Temos 40% de um mercado para conquistar. Quantos negócios podem dizer o mesmo?
Independentemente da quebra global de vendas - que virá, como veio nos últimos anos - existem ainda muitas transacções que se fazem à margem da mediação profissional e que são transacções que se vão continuar a fazer pela simples razão que as pessoas casam, mudam de emprego, têm filhos, divorciam-se, voltam a casar, mudam de terra, …
A conjuntura económica difícil é para o sector imobiliário profissional um factor de impulso. Estamos em contra-ciclo porque somos a solução para um problema: quando os proprietários não conseguem vender por si mesmos necessitam de apoio profissional; precisam de quem sabe.
A formação dos profissionais, o investimento em tecnologias, a criatividade entendida no sentido da capacidade para conhecer, compreender e dar ao mercado produtos/serviços que respondam às necessidades efectivas e às expectativas dos seus agentes, são factores fundamentais para que uma empresa, neste sector ou em qualquer outro, possa sobreviver e prosperar em situações conjunturais mais ou menos favoráveis.
Sou optimista por natureza e determinada. Sei que será mais difícil para aqueles que não encetaram este caminho antes – de aposta na formação, na inovação e no marketing - fazerem-no agora mas é verdadeiramente essencial que o façam nem que isso implique uma revisão profunda da sua presença no mercado.
O mercado será daqueles que melhor o conhecerem e que mais capacidade tiverem de se adaptar e de encontrar soluções. O mercado será daqueles que mais investirem na formação e qualificação das suas equipas. Daqueles que mais apostarem na diferenciação e na inovação das suas marcas. Daqueles que compreenderem que a motivação é um factor de resiliência espectacular.
Nada se consegue sem se acreditar que se consegue e por isso as empresas de sucesso têm de entender que a motivação, entrega e dedicação dos seus colaboradores é meio caminho andado para chegar onde se deseja.
Perspectivas 2011: o mercado existe, tem de ser bem trabalhado com inovação e muito profissionalismo. Temos perspectivas optimistas de crescimento se soubermos dar ao cliente aquilo que ele necessita: soluções, soluções anti-crise!
FONTE: Beatriz Rubio RE/MAX Portugal
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