O volume global de investimento imobiliário estrangeiro cresceu cerca de 60% face a 2009 e contabilizou cerca de 40% ($130 biliões) de todo o investimento directo em imobiliário terciário em 2010 ($318 biliões), de acordo com o mais recente research da Jones Lang LaSalle na área de Global Capital Markets. Esta proporção é equivalente à registada nos anos 2006-07, nos quais se verificou um boom.
Os volumes inter-regionais alcançaram os $82 biliões em 2010, valor semelhante ao registado em 2004, concentrando cerca de um quarto dos volumes globais transaccionados. No seu pico, em 2007, os volumes de investimento inter-regional quase triplicaram os valores observados em 2010 ($243 biliões), representando cerca de um terço do total do mercado. A recuperação da actividade inter-regional acompanhou o percurso do mercado em geral, sugerindo que um número significativo de investidores estão dispostos a estudar mercados quer fora do seu país quer da sua região.
Os volumes de investimento inter-regional no Continente Americano duplicaram entre 2009 e 2010, dos $14 biliões para os $31 biliões, uma recuperação que foi motivada não só pelo mercado doméstico, mas também, e principalmente, pela actividade inter-regional gerada nos Estados Unidos: os compradores e vendedores estrangeiros beneficiaram da recuperação da actividade nos mercados core para realizarem transacções. Os compradores inter-regionais negociaram $5,6 biliões em 2009 e $13,7 biliões em 2010; os vendedores inter-regionais intervieram em operações no valor de $7,79 biliões em 2009 e $16,77 biliões em 2010.
Em 2010, a Europa e o Médio Oriente exibiram maior número de operações de investimento estrangeiro (53%) do que de doméstico (47%), com o volume do primeiro a ser composto, em igual proporção, por investimento inter-regional e intra-regional. Em 2010, os volumes de investimento estrangeiro na Europa e no Médio Oriente alcançaram os $72 biliões face a um mercado total que ascendeu a $136 biliões, representando um crescimento de 53% face a 2009, ano em que a actividade estrangeira ascendeu a $47 biliões dos $97 biliões transaccionados nestes mercados.
No mercado português, o investimento internacional esteve igualmente dinâmico, tendo contabilizado 38% dos 765 milhões de euros transaccionados durante o ano de 2010. Ainda que os investidores nacionais tenham estado mais activos através dos Fundos de Investimento Imobiliário, foram os investidores internacionais que protagonizaram as maiores operações no nosso país, como foi o caso da compra do Espaço Guimarães pela empresa de origem holandesa Corio à parceria Multi Development & Bouygues.
Na região Ásia-Pacífico os volumes foram progressivamente dinamizados pela actividade de investimento estrangeiro durante 2010, a qual alcançou 32% ($27 biliões) do total do mercado regional em 2010, o que compara com os 26% ($17 biliões) em 2009 e 47% ($57 biliões) em 2007, altura em que foi atingido o pico do mercado. De forma global, os escritórios continuam a concentrar a maior proporção de operações de investimento inter-regional, contabilizando cerca de $47 biliões (58% do total do investimento inter-regional), que é um peso equivalente ao observado em 2009 ($30 biliões).
Os volumes de transacção inter-regional no sector hoteleiro triplicaram em termos médios anuais (de $3,3 biliões para $10 biliões), enquanto o sector de retalho registou um crescimento de 31% nos volumes de investimento inter-regional face a 2009 ($13 biliões para $17 biliões em 2010). A Jones Lang LaSalle espera que estes três sectores permaneçam na mira dos investidores inter-regionais em 2011.
O Reino Unido foi o segundo maior mercado em termos de volumes transaccionados, contabilizando $49 biliões, seguindo-se aos Estados Unidos, cuja actividade de investimento totalizou os $80 biliões. O Reino Unido registou igualmente o maior volume de compras estrangeiros – $20 biliões, globalmente durante 2010 – e a mais elevada proporção de compradores inter-regionais (mais de 25%), motivado sobretudo pelo forte interesse nos activos core em Londres.
Fonte: JLL
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